quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Participe, deixa um comentário!


A vida humana é a motivação, o caminhar para a vida...

Olhar para o outro, olhar para si mesmo, olhar para a cidade.

Criar e perceber motivos que levam pessoas a andar...

Em direção ao tempo infinito, sem esgotar a criatividade, a esperança.

Ver o sol e a lua e se perceber parte do universo como quem é, e seguir...Inventando.

Helena Soares

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Agradecimento

Sucesso!!!!!!!!!!!!

Obrigada à todos que compareceram e trabalharam no espetáculo ´´Infrutescência´´

O espetáculo não pode parar. Vem aí nova montagem da cia.teatroh3

aguardem!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

´´Infrutescência´´


´´Infrutescência´´

Espetáculo quefala da mulher Contemporânea e suas inquietações, seus desejos, sonhos e dúvidas, seja ela urbana ou sertaneja.

Faz um mergulho no sertão mineiro trazendo à tona imagens, sentimentos, fragmentos de memórias vividas e observadas. Ruminando inquietações Helena Soares diz: ‘‘A palavra não é só a grafia, é antes o desejo de ser, de existir’’. O espetáculo ‘’Infrutescência’’ revela em cena a poesia de personagens que dialogam com o espaço/tempo, através de formas animadas, sons e da linguagem performática. Cada personagem sugere uma reflexão quanto ao que aproxima e distancia o mundo urbano do mundo do sertão.

Sinopse: Vivendo sob uma cultura repressiva na qual o corpo e o pensamento são objetos de vergonha, uma mulher se reinventa ao ganhar um livro. Vivenciando seus desejos, inquietudes e sonhos, através das palavras, imagens e sons essa mulher provoca reflexões sobre a vida.

Espetáculo: ‘’Infrutescência’’

Direção: Carloman Bonfim

Atriz: Helena Soares

Luz: Juliano Coelho

Trilha Sonora: Sérgio Geléia

Fotógrafo: Túlio Travaglia

Produção: Teatro h3

Gênero: Drama

Duração: 50 mts

Classificação: Livre

24,00 (inteira) e 12,00 (meia)

Teatro Sesc - MG

Rua Tupinambás - 908 – Centro – BH

13 de Junho a 05 de Julho

Sábado e Domingo às 20hs

Contatos:

31- 92180075

e-mail: helenasoaresatriz@yahoo.com.br

Mais informações:

www.teatroh3.blogspot.com

www.helenasoares2.blogspot.com

sexta-feira, 10 de outubro de 2008




Essa vontade de saber Esse tempo que passa e leva os dias contados marcados em relógios de parede Esse mel que lubrifica a garganta Esse suspiro que sai do fundo do peito em êxtase extremo Essa cara que tenho e que modifica sem que percebam Esse dia que eu não sou eu Essas fotos que estou alegre e se triste sorrindo assim mesmo pra não ficar feio Esse jeito de viver que não muda Essa boneca esquartejada cabeça quebrada braços e pernas perdidos na caixa de brinquedos Esse quebra cabeça interminável Mudo de fazer dó e música e poesia e cinema:Esse sonho vagaroso que corrói entranhas Essa visita na morada dos rins e coração que fosse não agüentaria tanta emoção Esse eu perverso de sentimentos e palavras em uma só letra H

Helena soares

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Vulto

Passarela de ferro enferrujado
Lá em baixo e majestoso um urubu
movimenta apenas o pescoço com autoridade
Um urubu lindo foi de encontro a minha alma
Numa velocidade que parecia ontem
Só sei que fiquei ali parada olhando
Ele é o rei
Silêncio pensado
Algumas palavras de sengrasseza ...
Antes que as nuvens se chocassem de susto
Bravo! breve a lição estava dada para sempre
Como um vulto passou preto e fúnebre desafiando
Eis que meu dia acabou...

HELENA SOARES
De mim mesma

Meu coração reclama o que me separa dos que amo de verdade
Deus me deu treze irmãos vivos
Alguns se foram e os que ficaram... Um abraço sufocado no peito grita esse amor que não se concretiza Nem de perto Nem de longe
Oito mulheres e cinco homens e mais um que minha mãe pegou para criar
O mais bem (sina) do de todos
Mangas maduras comidas no pé
Horas sem contar no relógio ouvindo o murmúrio do vento nas folhas
Visto de longe o gado rumina o pasto de minha alma
Brancos no sol de fazer pensamentos
O arrozal dança e convida para a vida
Leio livros de ouro nas asas dos mil pássaros
A respiração esvai-se num único e harmonioso tom musical
Sussurro do universo querendo-me inteira para realizar sonhos


Helena Soares
Ruminar

Ruminar não é coisa só de Gado...
Prato de comida na mão
Olhos fixos no tempo de ninguém
Se pensava ou só ruminava?
A boca mexia mobilizando um conjunto de músculos autômatos
Uma tristeza de ser aquilo que se era...
Se alimentava ou só comia?
Olhando, era um réptil desses pré-históricos sem interesse pela vida moderna
Se vivia ou só estava viva?
Cansada de ruir
Uma pessoa roendo a vida...

Helena Soares





Essa aí veio de onde as palavras são ásperas e sem significados exatos Um olhar te põe inteira pra dentro do casco da tartaruga e o peso e medo de sair dali Anda devagar essas pessoas que são parentes tem dentes afiados e mordem Essa vontade de abraçar e ser amada me furta a irreverência do pensamento Se sou eu mesma sou só Não posso ter nome nem carregar vergonha de outros Amo calada O que está preso dentro do peito alimenta o cachorro Deixa forte a lua e uiva nesse clarão que agora faz sentido na alma Naquele campo de algodão vi homens mulheres e crianças pesando arrobas brancas para dormir em catres duros de madeira e tostão que fosse Catar uma arroba é orgulho Esse algodão trago na alma Essa arroba tão branca e leve difícil de alcançar Esse capucho entre os olhos e dedos acariciados Por pouco fincados em pontiagudos gumes protetores Eu lá vendo o campo branco e saca nas costas e sol e marmita e suor Colhendo para pesar arrobas Uma que fosse Quinze quilos de algodão Muitos capuchos para quem tem pouca idade Uma alegria Uma conquista Uma lição :Tia pêdra fada madrinha completou minha única arroba Quinze quilos de sorrisos Ganhei asas brancas e não parei mais de sonhar

Helena Soares